Minhas ilusões

São teias
São palavras esmagadas
Tecendo murmúrios de sonhos
Entretiveram-se a florir
No sono das noites mais profundas
das feridas que se abrem
dentro de mim.
Desnudo-me para te oferecer
Letras, palavras enroladas
Partindo em orvalho de sofrimento
Caindo em gotas de lágrimas
Na suavidade do tempo, deste momento

Nesta dança a compasso
Perseguindo na cadencia do sonho
Que vem como barreira em meu caminho
De uma brisa, de vendaval
Como se mais não fosse uma ilusão
Entre um morrer para nascer os meus receios

Em um rascunho tudo idealizo
Dizer-te que vôo,
Em vôos oblíquos, de águia
Porque meu céu não tem limite
Mesmo que seja na impotência dos meus sonhos
Me reencontro em um destino que é estranho e tão louco
Onde entrego a paixão e o desejo
Nesta alma que é muito mais do que o corpo


Alma gêmea inscrita no meu caminho
Entre a flor silvestre e o azevinho
Meu olhar te procurava
Esforcava-me por ver longe mas não via
Em um fracasso de vencida
Amarro-me as tranças do vento

Fugindo,em barco que navega sem remos
Me vestindo de ventos
Me afogando num rio de dor

Hoje apunhalo os sonhos, as emoções
E corto de seguida, todos os laços
Destas minhas ilusões

Rachel